Somos peregrinas; andamos por terras distantes,
vamos ao encontro de lugares santos,
estamos em movimento constante.
Meninas, mulheres, aves, artesãs
na revoada coletiva em busca de algo sagrado,
para muito longe, ou para o dentro de nós guardado.
Do coração à mente,
da mente às mãos.
Genuíno caminho que percorre o objeto artesanal
pela alma do artesão.
A mesma direção se abriu também na nossa estrada,
e nos moveu à ação.
E agir é fluxo de mudanças
Nossas andanças
são registros do saber brasileiro,
que transforma a matéria prima da natureza
- pedra, madeira, fibra, barro, algodão, e tantos -
em resistência.
Vemos a beleza do imperfeito,
o singular das diferenças,
pra mais perto do Brasil chegar
e-por-um-caminho-feito-à-mão
seguimos a bordo, bordando, de pouso em pouso,
porque eu acho que nascemos mesmo é pra voar."